quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Mamãe não quer que eu case com ela. E agora?


Todo mundo sabe que para a maioria das mães, nunca, nenhuma moça é boa o suficiente para se casar com seu querido príncipe, a quem ela chama de filho. Mas será que vale a pena brigar com a mãe por causa de uma garota? Ou será que sua mãe está sempre certa?
 
Já temos falado aqui várias vezes sobre o casamento de Isaque e Rebeca, com o surgimento do primeiro casamenteiro (em hebraico Shadchan) e também já abordamos a relação de amor sincero entre Rute, a moabita e Noemi, sua sogra. Agora vamos ver um pouquinho mais sobre mães, filhos e quem sabe, futuras noras.
 
Bem, Isaque se casou com Rebeca e depois de vinte anos de casamento, ela finalmente engravidou e eles tiveram dois lindos filhinhos, que apesar de não serem nada parecidos um com o outro, eram gêmeos, e receberam o nome de Esaú e Jacó.
 
Enfim, eles cresceram e as diferenças entre eles foram se acentuando com o passar dos anos, e Rebeca amava mais o filho Jacó, enquanto Esaú era mais amado por seu pai, Isaque. Já começa que isso é um erro, mas que agora não vem ao caso. Ambos os rapazes chegaram à idade adulta e Esaú se casou primeiro. Vejamos que desastre:
 
“Sendo Esaú da idade de quarenta anos, tomou por mulher a Judite, filha de Beeri, heteu e a Basemate, filha de Elom, heteu. E estas foram para Isaque e Rebeca uma amargura de espírito.” (Gn 26:34,35)
 
Você até pode dizer que para Rebeca, tanto faz, ela não iria gostar de qualquer nora mesmo, já que preferia Jacó a Esaú, mas isso não é bem verdade. Toda mãe gostaria que seu filho encontrasse uma boa esposa, e Rebeca não era diferente. Além disso, o próprio pai Isaque tinha como AMARGURA DE ESPÍRITO as suas duas noras.
 
Imagine você, rapaz, se casando e observar que seus pais não estão felizes com sua escolha. Você pode até pensar que isso é só até você casar, é ciúmes de mãe (normalmente sua namorada o fará pensar assim) mas acredite, isso será prejudicial ao seu casamento.
Primeiro, pense: “Porque minha futura esposa me faz acreditar que é "ciúmes da minha mãe" e ela não trabalha para conquistar a futura sogra?”
Segundo, pense: “Se elas não conseguem ter um bom relacionamento enquanto namoramos, seria possível ter bom relacionamento depois que nos casarmos?”
Terceiro, pense: “Depois que eu me casar, meus pais terão prazer em nos visitar, talvez jantar em nossa casa? Ou eu terei a companhia da minha esposa quando eu quiser visitar meus pais? Será que ela viajaria comigo para passar alguns (bons) na casa de meus pais?”
 
Essas perguntas não são de respostas fáceis, pois quando estamos namorando, tendemos a minimizar os problemas, mas depois do casamento, eles se maximizam.
 
Fato é que as duas esposas de Esaú, ambas da descendência de Hete, foram amarguras para a mãe e o pai dele. Mais tarde, quando Rebeca viu que seu amado filho Jacó iria embora e se casaria, ela, conversando com o marido Isaque, disse:
 
“Enfadada estou da minha vida, por causa das filhas de Hete; se Jacó tomar mulher das filhas de Hete, como estas são das filhas desta terra, de que me servirá a vida?”
 
O casamenteiro te ajuda a encontrar uma pessoa para ser seu (sua) companhia para o resto da vida, mas a opinião de seus pais também conta. Por isso, Eliezer ouviu as instruções de Abraão, quando foi buscar uma esposa para Isaque.
 
O casamenteiro deve ouvir a opinião dos pais também, procurar conhecer o que o jovem quer pra sua vida, mas também, na medida do possível, saber o que os pais esperam para o filho ou a filha, e todos devem acreditar que os pais querem o bem dos filhos, afinal, foram eles quem te deram a vida.
 
Casar é bom, mas o seu casamento não deve ser uma fonte inesgotável de amargura para seus pais. Nem tampouco para seus sogros. O ideal é que os pais participem de alguma forma da escolha dos filhos. Se você consulta seus pais na hora de escolher um curso, uma faculdade, um carro, porque não consultar os pais na hora da escolha mais importante de sua vida?
 
Queira ter um casamento onde seus pais (e sogros) sejam sempre bem-vindos em sua casa, e que eles se sintam bem, e que sejam todos respeitados, pais, sogros, nora, genro, netos...
 
Um passo simples para isso é observar se seu futuro cônjuge procura ter uma boa relação, cumprimenta, conversa, dá atenção desde o começo do compromisso aos futuros sogros. Isso é importante! Vocês terão a vida inteira pra estarem juntos, e não custa nada gastar um pouco de tempo com aqueles que foram responsáveis por vocês existirem.

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